Desafia-te!
Gosto de me desafiar. Não consigo imaginar-me sem constantemente me desafiar a ir, a fazer, a conseguir.
Ou não! E, então, voltar atrás e desafiar-me. Outra vez.
Não tenho pressa, vou vendo o que sou capaz de fazer, até aonde consigo ir. E consigo ir sempre um bocadinho mais longe.
Dizem os entendidos, e eles abundam por cá!, que tenho de fazer, pelo menos, 10000 km antes de me aventurar no Lés-a-Lés. Têm razão, os entendidos! Por isso, faço sempre mais um kilómetro do que o que está previsto. Vou mais longe. Até depois da próxima curva...
Vou devagar. Não tenho pressas. O prazer está no caminho, não no destino.
O que eu tenho aprendido?
Aprendi que há condutores de carros que julgam que as motas têm asas e que se atravessam no teu caminho; aprendi que o melhor sítio para estacionar é à porta do sítio aonde queres ir, e, sim, já aprendi a subir os passeios; aprendi que a trança é a minha melhor amiga, quando ando de mota, primeiro, porque evita que chegues a casa e corras para uma qualquer tesoura que te permita desembaraçares-te do nó em todos os teus cabelos se tranformaram, segundo, porque, se fores de cabelo escondido, ninguém percebe muito bem que és mulher e, por isso, ninguém está à espera que faças alguma coisa para além do que estás a fazer (ou que te chegues para o lado, ou que andes mais depressa, ou que não ponhas o pé no chão, ou que ponhas o pé no chão... uma treta!).
Bem, na verdade, também estou a aprender a andar de mota. Só se aprende , andando, e eu aproveito todas as hipóteses para andar. Aprendi que do difícil ao impossível há uma longa distância e, principalmente, tenho aprendido que a dois essa distância é cada vez mais curta. É sempre o meu ele, o meu amor ,que me indica o caminho. Depois, é comigo...
Desafio-me!
A maior parte das vezes, nós somos os nossos maiores obstáculos...
Boas curvas!