Hoje não é esse dia
15 dias (muitas curvas e alguns quilómetros) depois, a vontade continua inalterada. Aprende-se a andar de mota, andando, e é isso que tenho feito. Tenho aprendido a andar de mota. E isso é bom. É muito bom.
Aprendi que as luvas são umas ótimas aliadas, que os punhos aquecidos são milagrosos e que, quanto mais andas, mais te apetece andar.
Aprendi que dois motociclistas é melhor do que um.
Aprendi que os camiões são mesmo grandes, quero dizer, são mesmo enormes quando estão ao teu lado e não há nada a separar-te deles... Aprendi que aquilo que se vê a andar de carro não é aquilo que se vive a andar de mota, pois passas pelas coisas, pelas árvores, pelas terras e pelos caminhos, como se os vivesses.
Aprendi que aquele momento em que chegas ao fim do caminho (que, afinal, e felizmente, nunca é o fim do teu caminho) e em que tiras o capacete, te sentes maravilhosa e agradeces ao vento por te ter despenteado e agradeces ao sol aquecer-te as faces arrefecidas pelo vento.
Sim, talvez haja um dia em que eu não vou ter vontade de andar de mota, mas hoje não é esse dia!
Boas curvas!